Citado na “lista Fachin” como tendo recebido dinheiro da Odebrecht para suas campanhas eleitorais, o ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago (PE) desmentiu categoricamente a afirmação.
Ele disse que nunca recebeu dinheiro dessa empreiteira para suas campanhas eleitorais – que inclui passagens pela Câmara Municipal do Recife, a Assembleia Legislativa e a Câmara Federal.
Como se filiou ao PSOL há menos de um mês, na presença dos deputados federais Ivan Valente (SP) e Chico Alencar (RJ), ligou para ambos nesta quarta-feira para se explicar e suas explicações foram aceitas pela cúpula do partido.
A propósito da “lista Fachin”, a executiva nacional do partido e sua bancada na Câmara Federal divulgaram uma nota, hoje, em que defendem eleições diretas para presidente da República.
“A presença de quatro dezenas de deputados federais, um terço do Senado Federal, doze governadores e oito ministros do governo Temer, citados em delações dos executivos da construtora Odebrecht, mostra que a atual composição do Congresso Nacional não tem condições de votar medidas penalizem os mais pobres, como a reforma da previdência, a trabalhista ou uma reforma política antidemocrática”, diz a nota do PSOL. Confira:
Chega! PSOL defende investigação sobre nova lista da Odebrecht e diretas já!
II- A lista divulgada pelo ministro Edson Fachin demonstra a profundidade da crise política que atinge o país. A presença de quatro dezenas de deputados federais, um terço do Senado Federal, doze governadores e oito ministros do governo Temer, citados em delações dos executivos da construtora Odebrecht, mostra que a atual composição do Congresso Nacional não tem condições de votar medidas penalizem os mais pobres, como a reforma da previdência, a trabalhista ou uma reforma política antidemocrática.
II- Diante deste cenário, o Psol propõe:
1. Abertura de investigação do Presidente a República. De acordo com o entendimento do então ministro Teori Zavascki, embora não seja possível processar um Presidente, é possível a abertura de investigação sempre que houver elementos para tanto. O PSOL entrará ainda hoje com representação pedindo a abertura de investigação de Temer a partir das menções que atestam seu envolvimento em irregularidades promovidas pela cúpula do PMDB.
2. Consideramos que a saída para a atual crise é a convocação imediata de eleições diretas para a Presidência da República. Além de ilegítimo, o governo implementa uma agenda de retrocessos sem qualquer apoio popular. A vontade da cidadania deve ser soberana. O povo tem que decidir os destinos da nação, por isso as iniciativas de mobilização – como a greve geral convocada para o dia 28 de abril – contam com nosso irrestrito apoio.
3. Não aceitamos que o Congresso Nacional aprove medidas que penalizam os trabalhadores até que os fatos envolvendo os ministros, bem como os parlamentares da Câmara e do Senado, sejam esclarecidos. Além disso, respeitando o amplo direito à defesa e ao contraditório, consideramos que esses parlamentares não devem manter posição de comando na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, bem como relatar as contrarreformas propostas pelo governo Temer.
Brasília, 12 de abril de 2017
Executiva Nacional do PSOL
Bancada do PSOL na Câmara dos Deputados