O deputado Bruno Araújo teve um gesto de desprendimento, ontem, ao entregar ao presidente Michel Temer o seu pedido de exoneração. Alegou que já não tinha respaldo no partido para permanecer à frente da pasta, que foi uma das quatro que lhe foram oferecidas após o impeachment de Dilma Rousseff.
Ao pernambucano foi oferecido o Ministério das Cidades para o que contou com o apoio do ex-presidente FHC e do senador Aécio Neves. Agora, todavia, após a popularidade de Temer ter chegado ao fundo do poço, setores influentes do PSDB começaram a cobrar sua saída do governo. FHC foi uma dessas vozes através de artigo que escreveu para jornais do Sul.
Mas antes dele o senador Tasso Jereissati e o governador Geraldo Alckmin já haviam externado essa mesma posição. Já em defesa da permanência do partido na esplanada posicionavam-se Aécio Neves e o governador Marconi Perillo, candidato a presidente contra Tasso Jereissati.
Estabelecido o “racha”, pois, Bruno Araújo resolveu sair. Foi uma decisão pessoal, e não partidária, o que comprova a divisão interna. Se a decisão fosse partidária, teriam caído fora os quatro ministros, e não apenas o deputado pernambucano.