Os professores da rede municipal de ensino ganharam mais uma vez as ruas do centro da cidade. Com apoio de outros sindicatos estaduais, Uesc, Conselhos de Educação e partidos políticos estiveram no movimento, que tinha cunho crítico para melhorar, segundo os docentes, a educação municipal. O presidente do Sismuc, Eduardo Mendonça, voltou a explicar os detalhes da movimentação promovida pelos servidores. Segundo ele, o debate não é mais sobre o PCC ou salário, mas pela educação como um todo.
“A situação nas escolas é dramática. Algumas não têm água adequada para professores e crianças beber. Até papel higiênico os professores têm que levar. A situação da merenda também é grave e não tem nada daquilo que está sendo apresentado na propaganda. Essa luta aqui não é pelo PCC, pois esse assunto está na justiça. Não estamos discutindo salário, já que o reajuste será debatido em janeiro. Então o que estamos fazendo aqui? Lutando para que os nossos filhos tenham uma escola adequada, o que não ocorre em Caruaru”, disse o presidente do Sismuc.
O presidente do Conselho Municipal de Educação, Wilson Rufino, voltou a reclamar da falta de diálogo. “Não concordamos com essa atitude do Executivo. Estamos esperando ser recebidos e isso não ocorre”, pontuou.
O presidente da ATEC, Fred Santiago, destacou o apoio das entidades e disse que em 2014 o movimento será ainda maior. “Esse ciclo não encerra aqui com esse ato. Vamos ter um ano de 2014 especial, com várias manifestações e ruas lotadas de pessoas buscando os seus direitos e mostrar como se faz a verdadeira participação”, disse no discurso.