Professores pressionam Alepe por reajuste

Mário Flávio - 09.06.2025 às 14:49h

Professores e demais trabalhadores da rede estadual de ensino de Pernambuco lotaram, nesta segunda-feira (9), o auditório Sérgio Guerra, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), para cobrar dos deputados estaduais a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 2968/2025. A proposta prevê um reajuste de 6,27% no piso salarial da categoria.

A mobilização aconteceu em meio a uma paralisação organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), como forma de pressionar o Legislativo a votar o projeto, que já esteve em pauta no plenário em duas ocasiões, mas não chegou a ser votado.

O Sintepe não descarta a possibilidade de greve caso a matéria não seja aprovada ainda nesta segunda-feira, mas qualquer decisão sobre esse encaminhamento será tomada em assembleia.

Ivete Caetano, presidenta do Sintepe, afirmou que o projeto foi fruto de meses de negociação entre a categoria e o governo estadual, e que não há qualquer divergência entre o sindicato e o Executivo que justifique a demora na votação. Para ela, o atraso tem origem em uma manobra política.

Segundo Ivete, o governo do estado estaria utilizando o projeto dos professores como “moeda de troca” para forçar a aprovação de outros textos de interesse do Palácio:
“Ela [a governadora Raquel Lyra] quer usar o nosso projeto de lei para forçar a aprovação dos outros. Essa é a verdade”, afirmou a sindicalista.

A dirigente sindical também criticou a postura do Executivo e do Legislativo em relação aos trabalhadores da educação:
“Parece que a governadora não sabe, mas nós somos uma categoria majoritariamente de pós-graduados, alguns são doutores, outros são mestres. Nem a governadora, nem essa casa legislativa, estão lidando com gente que não tem escolarização, com gente que não acompanha política”, concluiu.

A categoria aguarda os desdobramentos da sessão plenária e mantém o estado de mobilização.