Presidente do INSS é afastado após operação da PF que investiga fraude de R$ 6,3 bilhões

Mário Flávio - 23.04.2025 às 08:49h

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo nesta quarta-feira (23) por determinação da Controladoria-Geral da União (CGU), em decorrência de uma operação da Polícia Federal (PF) que apura fraudes na concessão de benefícios previdenciários.

Segundo a PF, as investigações identificaram irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS. Até o momento, as entidades cobraram de aposentados e pensionistas o valor estimado de R$ 6,3 bilhões, no período entre 2019 e 2024. 

A CGU determinou o afastamento de Stefanutto para permitir uma apuração mais aprofundada sem interferências. A investigação visa garantir a integridade dos procedimentos do INSS e a correta aplicação dos recursos públicos.

Em nota oficial, o Ministério da Previdência Social informou que respeita a decisão da CGU e que colaborará com as investigações. O ministério também anunciou que um substituto interino será nomeado nos próximos dias para assegurar a continuidade dos serviços prestados pelo INSS.

Alessandro Stefanutto assumiu a presidência do INSS em janeiro de 2023, durante o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes disso, ele ocupou cargos técnicos na área de gestão previdenciária. 

O afastamento do presidente do INSS ocorre em um momento em que o governo federal busca aprimorar os mecanismos de controle e transparência na administração pública. A CGU reforçou seu compromisso com a fiscalização rigorosa e a prevenção de irregularidades no serviço público.

As investigações estão em andamento, e novas informações serão divulgadas conforme o avanço das apurações.