Presidente da Compesa diz que PPP do saneamento vai servir de modelo para o Brasil

Mário Flávio - 31.10.2012 às 10:58h

O projeto de Parceria Público-Privada (PPP) do Saneamento da Região Metropolitana do Recife deve ser encarado como um modelo a ser estudado por outros Estados brasileiros. Esse foi o comentário feito hoje pelo presidente da Compesa, Roberto Tavares, durante apresentação no 2º Seminário Fiesp de Saneamento Básico, em São Paulo. O presidente participou do painel “A Parceria Público-Privada na Prestação de Serviços no Setor de Saneamento Básico”.

De acordo com Roberto Tavares, o projeto da Compesa tem a capacidade de articular, em uma única PPP, investimentos públicos e privados. “Isso é uma inovação, pois as PPP’s tradicionais geralmente só utilizam contraprestação pecuniária e a nossa utiliza investimentos para acelerar o prazo da universalização”, destacou.

Para o presidente, a proposta de PPP é uma alternativa para recuperar o tempo perdido. “Isso mostra a nossa vontade de que o Brasil tenha uma visão mais pragmática com relação a este problema que aflige a nossa população”, declarou. Segundo ele, o volume de investimentos aplicados pelo governador Eduardo Campos em obras de água e esgoto em Pernambuco – quatro vezes mais nos últimos cinco anos – impressionou empresários e economistas presentes no seminário.

Roberto Tavares lembrou que apenas duas unidades da federação – São Paulo e Distrito Federal – contam com cobertura de esgoto acima de 70%, enquanto 18 Estados brasileiros têm cobertura inferior a 40%. “Temos que destacar o grande volume de investimentos desde 2003, mas temos que reconhecer que o atual modelo de financiamento está fracassado. A PPP vem como uma alternativa, mas não é a única. Precisamos nos aprofundar nesse tema”, alertou.