PIB desacelera no Brasil

Mário Flávio - 05.12.2023 às 10:47h
Dinheiro, Real Moeda brasileira

O Produto Interno Bruto (PIB) do país ficou estável (0,1%) na passagem do segundo trimestre para o terceiro. Essa é a terceira taxa positiva seguida, após a variação de -0,1% nos últimos três meses do ano passado.

O mercado financeiro estimava um recuo de 0,2% no trimestre. Ou seja, o resultado ficou acima da projeção. Com isso, o PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, está novamente no maior patamar da série histórica e opera 7,2% acima do nível pré-pandemia, registrado no quarto trimestre de 2019. Em valores correntes, foram gerados R$ 2,741 trilhões no terceiro trimestre. De janeiro a setembro, o PIB acumulou alta de 3,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Quando a comparação é feita com o mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 2,0%, impactado pelos resultados positivos dos três grandes setores. Nesse cenário, o mercado projetava crescimento de 1,9%.

Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado nesta terça-feira (5) pelo IBGE.

Dois dos três grandes setores econômicos avançaram em relação ao trimestre anterior: Indústria (0,6%) e Serviços (0,6%). “Olhando por dentro do setor de serviços, os maiores destaques são as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), especialmente na parte ligada aos seguros, e as imobiliárias (1,3%), com o aumento no número dos domicílios”, afirma a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Das sete atividades analisadas no setor de serviços, seis ficaram no campo positivo. Os maiores aumentos percentuais vieram das duas atividades citadas pela pesquisadora, seguidas pelo segmento de Informação e comunicação (1,0%). As demais variações positivas foram de outras atividades de serviços (0,5%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%) e comércio (0,3%).

Já o setor de transporte, armazenagem e correio recuou 0,9%. “Essa queda vem após oito trimestres de altas e é relacionada ao transporte de passageiros”, diz a coordenadora de Contas Nacionais. Como um todo, o setor de serviços representa cerca de 67% da economia.