Por Victória Oliveira
Em entrevista para a Rádio Cidade 99.7 FM, a vereadora e presidente do PV Caruaru, Perpétua Dantas, falou sobre se esperaria ser eleita presidente da Câmara em 2021, devido ao número expressivo de votos que recebeu, sendo a mais votada vereadora da cidade nas eleições de 2020.
“Não, até porque a gente sente a movimentação e uma pessoa com meu perfil, para a cena política de Caruaru, conhecendo historicamente a cidade, quando digo meu perfil é sobre ser democrático, de escutar as pessoas, de decidir no coletivo, eu não seria de forma alguma uma pessoa a ser conduzida ao poder legislativo. Eu tenho capacidade de gestão, já mostrei que tenho, mas em terra de coronel, cabeça democrática é repudiada”, finalizou.
A vereadora também falou sobre sua saída do PSDB, após desentendimentos políticos com a então prefeita, Raquel Lyra, “Eu estou conduzindo meu mandato agora da mesma forma que conduzi em 2021, só que existe o gestor que você tem diálogo, que vc consegue pontuar, ou vc se elege pra exercer o mandato em um aspecto constitucional ou então é melhor você renunciar. Eu nunca imaginei que ia ser conturbado, eu sou a única vereadora na história de Caruaru que precisou ir para a justiça por perseguição política para conseguir se manter no mandato. Foi muito cruel o que passei com o meu primeiro partido, era Lei da mordaça”, pontuou.
Perpétua também falou sobre suas pretensões no fim do mandato este ano e o trabalho do PV para as candidaturas. “Eu sou uma aprendiz e tenho um caminho a percorrer na política, eu podia ter sido candidata para estadual, a convite do deputado Clodoaldo Magalhães, que queria dobrar comigo em Caruaru. Mas hoje, eu sou candidata a vereadora por Caruaru”, disse ela.
Ela também deu sua opinião se Raquel irá apoiar o prefeito Rodrigo Pinheiro nas eleições municipais deste ano, que para muitos essa dúvida ainda paira no ar, “Veja, Caruaru é importante para Raquel e todo mundo tá de olho em 2026, é importante para ela manter Caruaru. Ela não faz prefeito em Petrolina, nem em Serra Talhada, nem em Garanhuns, nem na região metropolitana do Recife, em nenhum grande colégio eleitoral, qual a alternativa dela? Acredito que vá apoiar Rodrigo, agora vai mergulhar e vestir a camisa? Uma coisa é vestir a camisa e outra coisa é suar a camisa”, comentou.
Por fim, ao ser perguntada como presidente do PV, sobre conversas com outros atores políticos e presidentes de partidos, ela foi enfática ao responder sobre o presidente do Solidariedade e seu sobrinho, Armandinho, “Não!”.
