Pernambuco registrou uma nova queda no desmatamento ilegal dos biomas Caatinga e Mata Atlântica em 2024. De acordo com o Relatório Anual do Desmatamento no Brasil, divulgado nesta quinta-feira (15) pela iniciativa MapBiomas, o estado reduziu em 9% a supressão de vegetação nativa em relação ao ano anterior, consolidando uma tendência de queda iniciada em 2023, quando Pernambuco foi o único estado do país a apresentar redução no desmatamento da Caatinga.
Os dados mais recentes mostram que foram identificados 14,7 mil hectares de desmatamento ilegal em 2024, contra 16,2 mil hectares em 2023. Em 2022, o número havia sido ainda maior: 21,8 mil hectares.
A governadora Raquel Lyra celebrou os resultados e atribuiu a redução ao fortalecimento da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e a investimentos em reflorestamento. “Estamos fortalecendo a CPRH para promover políticas ambientais em todas as regiões do estado. Reduzir o desmatamento pelo segundo ano seguido é fruto de um trabalho integrado, com destaque para o investimento de R$ 16 milhões no plantio de 500 mil mudas nativas da Caatinga”, destacou.
A vice-governadora Priscila Krause também enfatizou o reforço na fiscalização ambiental, mencionando a renovação da frota de veículos da CPRH como medida essencial para ampliar a agilidade das equipes.
Segundo a secretária de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha, Ana Luiza Ferreira, o bom desempenho ambiental de Pernambuco é resultado da combinação de monitoramento eficaz, educação ambiental e incentivo à justiça climática. “Manter as árvores em pé é um desafio que vale a pena. Esse resultado mostra que um modelo de desenvolvimento verde é possível”, afirmou.
O diretor-presidente da CPRH, José de Anchieta, acrescentou que os avanços ambientais são fruto de um planejamento contínuo iniciado com a atual gestão. “Desde o início do governo Raquel Lyra, Pernambuco vem mudando sua relação com o meio ambiente. Estamos aprimorando nosso plano de fiscalização para seguir com resultados ainda mais expressivos nos próximos anos”, disse.
O relatório do MapBiomas é produzido por uma rede de instituições acadêmicas, organizações não-governamentais e empresas de tecnologia, integradas ao Observatório do Clima. A plataforma mapeia anualmente o uso e cobertura do solo no Brasil, gerando um panorama detalhado sobre o desmatamento em todos os biomas do país.
