Romero Albuquerque acusa Eduardo da Fonte de “estratégia ardilosa”, perseguição a correligionários do PP e de tentar trair João Campos em 2020

Mário Flávio - 11.03.2022 às 07:52h
Foto: Ascom/ divulgação

O deputado estadual Romero Albuquerque, filiado ao União Brasil após sair do PP, divulgou uma nota, nesta sexta-feira (11), em que chama de “ardilosa” a estratégia do presidente do PP em Pernambuco, deputado federal Eduardo da Fonte, em afirmar publicamente que uma possível candidatura da vereadora Andreza Romero (PP) à Câmara Federal seria bem-vinda, quando, de acordo com Albuquerque, o deputado federal tem atuado fortemente nos bastidores para pressionar a parlamentar a deixar o partido.

Romero chamou Eduardo da Fonte de “mentiroso, frouxo e covarde”. Desde que anunciou sua ida ao União Brasil, Albuquerque ainda não havia dado declaração pública sobre as desavenças com Eduardo da Fonte.

O deputado estadual classificou a postura de Eduardo da Fonte como “capciosa” e partiu para o ataque. Além de criticá-lo, Romero revelou Dudu da Fonte quis convencê-lo a trair João Campos (PSB) nas eleições de 2020 pela prefeitura do Recife.

Veja a nota:

“Ao atribuir à Prefeitura do Recife e ao Governo do Estado a culpa de suas retaliações à vereadora Andreza Romero, Eduardo da Fonte está sendo mentiroso, frouxo e covarde. Ele faz isto e se mostra bondoso diante da imprensa por um único motivo: pretende tomar o mandato da segunda vereadora mais votada do Recife e a primeira do partido e da Frente Popular. Conquista que, diga-se de passagem, não teve participação nem apoio de Eduardo da Fonte.

Tenho outras indicações na administração de Fernando de Noronha e nenhuma delas foi requerida pelo deputado, apenas a servidora Verônica, minha mãe, a pedido do próprio Eduardo da Fonte, como me revelou o administrador da Ilha.

Como é de seu costume, o presidente do Partido Progressistas usa uma estratégia ardilosa e capciosa, semelhante ao que fez com Fernando Monteiro quando, em 2018, atribuiu ao deputado federal o número “1171”, apesar de o mesmo ter optado formalmente por outro número, com a única intenção de prejudicar a campanha do parlamentar supracitado. A candidatura de Fernando também era bem-vinda por Eduardo da Fonte, mas o número atribuído a ele era uma referência ao artigo 171 do Código Penal. Ele quis que Monteiro servisse de chacota.

Não conheço alguém tão rasteiro quanto Eduardo da Fonte. Capaz de humilhar até mesmo a mãe de um ex-aliado e amigo como eu, como Fernando Monteiro, como Eriberto Rafael, como Andreza Romero, como Chico Kiko, por desavença política.

Tenho boa relação com todos os que fazem a Prefeitura do Recife, principalmente com o prefeito João Campos. Ele sabe que, conosco, sempre poderá contar. Fomos leais a ele durante a sua campanha, e temos gratidão mútua. João sabe que Eduardo da Fonte pediu para não o apoiarmos. Inclusive, revelo agora de forma pública que, em 2020, durante o segundo turno, Eduardo nos ligou e pediu a mim e a minha esposa para que procurássemos Marília Arraes para apoiá-la, traindo assim uma aliança firmada ainda no governo Eduardo Campos. Respeito minha ex-colega Marília Arraes, que nada tem a ver com o gesto do presidente do PP.