Na possível ligação que fez dentro da Penitenciária Juiz Plácido de Souza na manhã desta segunda (25), um suposto detento fez graves denúncias contra a direção da unidade e a maneira como algumas questões estão sendo tratadas dentro do presídio. Mesmo sem se identificar, o suposto detento explicou que o homicídio ocorrido hoje foi planejado pelos agentes penitenciários. “Ele estava de boa na cela, mas os agentes não gostavam dele e colocaram ele no castigo com outros presos e armas (sic)”, disse.
No contexto
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O preso garante que a situação foi armada e que o clima está no limite. “Fazem confusões pequenas e colocam com dez marginais e armas”, disse. O preso se queixou a respeito de presos que estão com a situação liquidada junto a justiça, mas que devido a burocracia, estão na unidade. “Todo mundo que está aqui deve, somos conscientes disso, a diretora não libera as pessoas, ela está esperando que as pessoas morram para sair dentro do rabecão. Temos casos aqui de presos que foram para o castigo com mais de 80 tiros de borracha, essas pessoas estão hospitalizadas”, disse.
O suposto preso ainda pediu a presença dos Direitos Humanos na unidade prisional e ameaçou dizendo que em breve rebeliões irão ocorrer. Segue abaixo a entrevista completa concedida no programa show da Cidade ao radialista Sócrates da Silva.
SUPERINTENDENTE NÂO CONFIRMA DENÚNCIA DE SUPOSTO DETENTO
Em entrevista coletiva no final da manhã desta segunda, o superintendente estadual de Segurança Penitenciária, Clinton Paiva, não confirmou a denúncia feita por um suposto detento a uma emissora local, avisando da ocorrência do assassinato e de que agentes estatuam deixando armas, como facas, entrarem na unidade. “Essa pessoa poderia ter entrado em contato conosco para avisar isso, para que tomássemos as providência de forma adiantada. Não há confirmação dessas informações passadas”, reforçou Paiva.