As recentes declarações de integrantes da oposição revelam que o discurso facilita a vida de quem está no poder. Vejamos como exemplo a eleição de 2012 em Caruaru e o discurso do senador Aécio Neves (PSDB), no dia em que o PT completou dez anos no poder, com as gestões de Lula e Dilma, respectivamente.
O que se percebe nas duas situações é que a oposição bate, bate e só… Não existem por parte dos oposicionistas um projeto de alternativa de poder. Foi assim na campanha de Miriam Lacerda (DEM), quando a democrata tinha ampla vantagem no início da campanha, o prefeito Zé Queiroz (PDT), reverteu a vantagem e venceu com quase 30 mil votos de frente.
A ausência de propostas foi um dos principais fatores, mas não é uma situação de Caruaru. O PSDB, que há várias eleições polariza a disputa com o PT, segue com o discursos ofensivos, criticando os pontos fracos do governo Dilma, mas não oferece um projeto de alternativa para o poder.
A eleição funciona como a sensação térmica, a maioria pensa e age de acordo com a situação financeira e se a maior parte estiver bem, opta por não mudar o voto. Só um projeto de alternativa ao que está pode convencer ao eleitor, o que não ocorre hoje no Brasil. Nesse contexto a candidatura de Eduardo Campos pode se tornar viável, já que o socialista segue dizendo indiretamente como ter alternativas para diversas situações. A oposição precisa fazer autocritica urgente.