Opinião – Quem é o compositor e qual o cantor da tradicional música “Patativa”? – por Ricardo Perrier*

Mário Flávio - 27.04.2013 às 10:15h

Mesmo sendo um genuíno Ricardo ‘Coração de Leão’ Perrier, devo concordar contigo, caro Mário e demais centralinos, que deu para me emociona um pouco com esse velho hino da nossa querida Patativa. Por alguns minutos voltei ao passado, para ser mais exato, na distante década de 70 e início dos anos 80 , quando então criança, ainda morando em Recife, era o presidente, diretor de futebol, técnico e ainda assumia a condição de atleta do meu time inesquecível time de botão, que mesclava jogadores do Sport e do Central, além de outros ‘craques’ que a minha imaginação inantil criava.

Lembro bem que o meu time, o ‘imbatível tri-campeão da Rua Mato Grosso’, contava com jogadores que ficaram na lembrança dos torcedores do Central ‘quarentões’. Eram jogadores como o goleiro Jorge Hipólito, que revezava a condiçção de tiular com País, além de Guiga, Zito, Patota, Chau, Zequinha e até mesmo um artilheiro, um botão pequenininho, nas cores alvinegras, não por acaso por mim chamado chamado de ‘Patativa’. E olhe que naquela época eu nem conhecia Caruaru, cidade a qual, quis o destino, eu viesse morar anos mais tarde, quando iniciei minha vida profisisonal, por ironia, atuando também com o jornalismo esportivo, fazendo a cobertura da Patativa.

Sem contar que na escola, já um ‘radICARDO Perrier’ assumido na defesa do nosso futebol, seja pernambucano ou mesmo nordestino, como não podia escolher os times do Recife durante os jogos escolares internos, até mesmo por ser um torcedor fiel, que desde pequeno se negava a vestir a camisa dos times co-irmãos, o que seria motivo de muita confusão e desgosto para o meu pai, ao contrário de outros colegas, nunca fui favorável a vestir as cores dos times do Sul. Portanto, remando contra a maré, o time de futebol de salão da minha turma nos jogos internos do inesquecível Educandário Jesus Crucificado foi o Central de Caruaru.

E para aqueles que dizem que o Central não tem títulos … não é que fomos campeões, e o mais incrível, com direito a um golzinho de Ricardo Perrier no tempo normal da partida final, a qual ganhamos na cobrança dos pênaltis? E olhe que esse hino ainda retrata uma época áurea do alvinegro caruaruense, época em que realmente, quem se arriscava a subir a Serra das Ruças, quase sempre soluçava quando caia no alçapão Patativa, o então temido PV. Pena que após a mudança do nome do estádio, o Central nunca mais foi o mesmo, tanto que virou freguês do meu Leão.

Porém, mesmo sendo rubro-negro, adotei de coração o Central como minha segunda paixão, pois não tinha como vir a torcer pelos co-irmãos da capital. Quem sabe essa boa fase um dia não volta e a Patativa sanguinária volta a cantar alto e botar para correr todos os que se aventurarem a botar moral no velho alçapão da avenida? Por fim, até mesmo para fazer justiça e por fim a um dos maiores mistérios do mundo dos hinos de times de futebol, pergunto aos colegas se alguém sabe o nome do autor e do intérprete dessa bela gravação em homenagem ao nosso querido Central? Obrigado a quem teve a paciência de ler esse texto tão longo, mas acho que baixou em mim o espírito do saudoso jornalista Souza Pepeu, ‘centralista puro-sangue’, como fazia questão de dizer, a quem dedico essas linhas aqui escritas, em seu nome e de tantos colegas alvinegros que fiz nessa terra que me adotou, amava como ninguém as cores da gloriosa Patativa do Agreste! E que dias melhores possam vir. Voa Patativa!

*Ricardo Perrier é Repórter de política do Jornal Extra de Pernambuco