“Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sem cessar, tal é a lei”. Os maçons não morrem, eles partem para o Oriente Eterno. E dentro da crença espiritualista que cada um de nós necessita para professar a nossa crença no Grande Arquiteto do Universo, fica mais fácil aceitar que a transição mesmo sendo involitiva, é inexorável.
… “Porque cantar parece com não morrer, é igual a não se esquecer que a vida aqui tem razão”…
E tem! A missão um dia começa e algum dia termina. Aos olhos da carne é efêmera, à perenidade da alma é eterna.
Assim, tal qual uma estrela, deixou de brilhar aos nossos olhos nus, o irmão Teobaldo, da Loja Maçônica Humanidade e Progresso, do Oriente de Caruaru. Foram mais de cinquenta anos de maçonaria, cerzidos, não na parte gasta ou rasgada do tecido, mas costurados, diuturnamente, na igualdade, na liberdade e na fraternidade, tripé no qual se assenta aqueles que fazem da Arte Real a sua regra de fé e prática.
Eu tive alguns poucos encontros com o Irmão Teobaldo. Aprendi no dia a dia que não é necessária intimidade amiúde para se detectar um homem de bem. Daquela noite que o vi pela primeira vez, na Loja Maçônica Cavaleiros das Sete Virtudes, ao lado de outro irmão, decano, chamado Valfrido, mais um dos ícones da maçonaria caruaruense, até quando o reencontrei, em visita, à Loja Maçônica Terra Prometida, da qual tive a honra de ser Venerável Mestre, firmei uma biografia pessoal de ambos, que para mim tem servido de paradigma no exemplo de como fazer.
Lamentamos o hiato que se cria na saudade provocada pela ausência. Mas, a morte faz parte da vida e “é a coisa mais certa de todas as coisas”. “Morrer todos nós vamos um dia. O segredo da vida é viver e viver com dignidade”. E isto o irmão Teobaldo o fez com maestria.
Seguem as nossas condolências aos irmãos mais chegados e aos familiares do poderoso irmão Teobaldo, na pessoa de “Riso” sua filha e de Gabriel seu genro, este também participante da grande família maçônica, nos quais dei meu fraterno abraço por ocasião do velório e que a inumação neste domingo, 09 de dezembro, transcorra em clima de solene contrição diante de Deus Pai, que nos outorgou o dom da vida e está, desde o alto de sua infinita bondade, a nos perdoar nossas culpas e pecados.
*Severino Melo – artesão deste texto – eterno aprendiz / Oriente de Caruaru, 08 de dezembro de 2012, da Era Vulgar, 08 de dezembro de 6012, da Verdadeira Luz.