Desde a década de 1970 que o nome de Azulão se mistura com a música de Caruaru. O artista embalou o forró com sucessos como: Caruaru do Meu Tempo, Dona Tereza, Toalha na Mesa, Apanhadeira de Café… Até rock ele gravou quando disse certa vez que estava “Invocado”.
Esse ano, o artista foi escolhido para ser um dos homenageados do São João de Caruaru. Ele divide a honra com Luiz Gonzaga. No início dessa semana foi confirmado que o artista não se apresenta esse ano em Caruaru. A informação foi ratificada pelo próprio presidente da Fundação de Cultura, José Pereira e confirmada pelo filho do artista, Azulinho.
O valor que vai decidir a realização do show do artista é 15 mil reais. A prefeitura oferece 25 mil reais e o artista só aceita se apresentar por 40 mil. São 27 trabalhos entre LPs, CDs e DVD e esse valor deveria ficar em segundo plano diante de uma carreira tão rica e consolidada.
Sem Azulão perde o São João de Caruaru, perde a cultura popular e principalmente a música da Capital do Forró, que tem em Azulão o maior representante. Todos erraram nessa questão. A prefeitura em anunciar o show sem acertar o cachê e a família, que foi ao lançamento da festa e só tornou pública essa questão uma semana antes do principal dia da festa junina.
Uma pessoa está isenta nisso tido: Azulão! Ele que fez uma rápida apresentação no show do cantor Flávio Leandro, no último sábado, nem imagina que está sendo travado um debate miúdo sobre um cachê irrisório diante da sua obra.
Ainda torcemos pelo fim do impasse e que Azulão se apresente em Caruaru. Seria a primeira vez, desde que a cidade se tornou a Capital do Forró, que Azulão não irá subir no palco principal, justamente no ano especial em que o artista completa 50 anos de carreira.