No Forró da Macambira, membros da Frente Popular em Pernambuco minimizam episódio de vaias a Dilma

Mário Flávio - 17.06.2013 às 08:25h

20130617-082008.jpg

Durante o Forró da Macambira, realizado no sítio do vice-governador de Pernambuco, João Lyra (PDT), não foi só o governador Eduardo Campos (PSB) que comentou as recentes vaias a Dilma (PT), ao dizer que teria aplaudido a presidenta, se estivesse presente na abertura da Copa das Confederações, no sábado (15). Na verdade, membros da Frente Popular em Pernambuco que prestigiaram a confraternização em Caruaru também saíram em defesa dela, ainda que alguns sejam mais favoráveis a uma reeleição dela do que outros.

No contexto

Eduardo: “Se estivesse em Brasilia, teria aplaudido a presidenta”

Vídeo – Abraçado com João Lyra, Zé Queiroz chama Forró da Macambira de pacificação entre tendências políticas

Raquel e João recebem convidados no Forró da Macambira

O deputado federal petista João Paulo (PT), por exemplo, reforçou que todo político está vulnerável a essas situações. “A vaia é um instrumento da Democracia. Mas, toda a autoridade, em momento de manifestações de massa, tende a levar uma vaiazinha”, minimizou o deputado. Atitude similar do senador Armando Monteiro (PTB), cotado para a sucessão do governador Eduardo Campos. “Não valorizo muito essa manifestação. Foi um movimento isolado. Acho que é algo a que todo homem público está exposto”, minimizou o senador.

Já o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), outro potencial candidato ao governo estadual em 2014, procurou justificar que um protesto no início da Copa das Confederações não seria adequado. “Com sinceridade, foi um momento inadequado para se verbalizar um protesto que é justo, natural, quem está a frente de governos sabe que é preciso serenidade para ter que ouvir depoimentos críticos e protestos. Só não concordo com a oportunidade, por ser um dos maiores eventos do esporte internacional, que dá projeção ao Brasil lá fora, que vai atrair investimentos. Entendo que a imagem da presidenta interessa a todo o Brasil, como interessa ao país se projetar. Somos hoje a sexta economia do mundo. Temos representantes da diplomacia comandando órgãos mundial, como foi o caso da eleição recente de um brasileiro para comandar a Organização Mundial de Livre Comércio. Portanto, acho que não foi oportuno o momento”, frisou.

Nesse contexto, contudo, o vice-governador João Lyra (PDT), e também cogitado para disputar o comando do estado, lembrou um episódio similar, ocorrido com o ex-presidente Lula (PT), para minimizar o efeito das vaias. “Esse episódio me lembrou a abertura do Panamericano, no Maracanã, quando o presidente Lula, no auge de sua popularidade, também foi vaiado. É um evento isolado, com dezenas de milhares de pessoas, mas é isolado”, recordou o vice.

AGENDA

Apesar das vaias recebidas no Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha), a assessoria do Palácio do Planalto confirmou que Dilma estará no Rio para acompanhar a decisão da Copa das Confederações, no Maracanã, no dia 30 de junho. A previsão já era de a presidente comparecer a apenas dois jogos da Copa das Confederações, a abertura e a final. Ela não deverá estar presente nesta semana nas partidas do Brasil em Fortaleza, na quarta-feira, e em Salvador, no sábado, nem nas semifinais. Dilma fará, inclusive, uma viagem ao Japão na próxima semana e chegará de volta ao País já no dia da decisão da competição no Maracanã.