Após muita especulação, disse-e-me-disse e nota do PT e de Marília Arraes, a deputada federal encontrou uma narrativa para deixar a legenda e tentar montar um palanque para disputar o governo de Pernambuco.
A petista usou uma estratégia interessante para montar uma narrativa e deixar a legenda sem se queimar com o eleitor da esquerda no estado.
A reunião desse domingo (20), que aconteceu no diretório estadual do PT, para indicar o nome de Marília na vaga ao senado, pelo que o blog apurou, contou com a presença de um assessor de Marília, que foi avisado da decisão e comunicou a ela. No entanto, mesmo com a estratégia errada do PT, que poderia ter indicado Marília desde o começo, ela também teve falhas recentes que deram argumentos aos petistas para não indicarem o nome dela desde o início.
Uma delas é a composição com o atual presidente da Câmara, Artur Lira, com Marília até mesmo fazendo parte da Mesa. Na ocasião, houve até uma ideia de expulsar Marília do partido, mas a situação foi contornada e ela seguiu na sigla.
Sendo a voz mais ativa no PT em Pernambuco, o senador Humberto Costa, sempre esteve na contramão de Marília no PT aqui no estado. No entanto, mesmo ele pontuando bem nas pesquisas para o governo, abriu mão da candidatura em nome da aliança com o PSB.
Humberto, mesmo que tardiamente, deu o aval para que o nome de Marília voltasse a ser o indicado pelo partido para a vaga do senado na Frente Popular. No entanto, a estratégia foi errada e atabalhoada, dando munição para Marília emitir uma dura nota com críticas a direção estadual do PT.
Marília agora corre contra o tempo para convencer lideranças a apoiar o nome dela para o governo. Ela tem o aval de entrar no Solidariedade, tenta trazer o PSD e ainda sonha com o PDT, com Wolney para o senado.
A petista prometeu nos próximos dias anunciar o futuro, mas deve ser mesmo disputar o governo estadual. Ela já tem a narrativa, partido e de acordo com as pesquisas, o voto. Falta agora o anúncio oficial: a conferir.