Maioria dos recifenses apoia obrigatoriedade do voto, mostra pesquisa do UNIFAFIRE

Mário Flávio - 28.09.2024 às 09:25h

O Centro Universitário Frassinetti do Recife (UNIFAFIRE) divulgou uma pesquisa realizada pela FAFIRE Inteligência de Mercado, que aborda a obrigatoriedade do voto e as decisões dos eleitores para o pleito atual na Região Metropolitana do Recife (RMR). O estudo foi realizado entre os dias 4 e 19 de setembro de 2024, com a participação de 776 entrevistados em diferentes locais da cidade.

Com um nível de confiança de 95%, a pesquisa assegura que, se repetida nas mesmas condições, 95% das vezes os resultados estarão dentro da margem de erro de 3,5 pontos percentuais. Esse rigor metodológico garante que os dados reflitam com precisão as opiniões da população local.

A questão central da pesquisa abordou a obrigatoriedade do voto. Os resultados mostraram que 50,12% dos entrevistados apoiam a obrigatoriedade, enquanto 47,66% se manifestaram contra, e 2,22% não souberam responder. Essa divisão revela um panorama interessante sobre como a população enxerga o papel do voto na democracia.

De acordo com Felipe Ferreira Lima, cientista político e Professor de Direito Eleitoral da UNIFAFIRE, o apoio dos jovens à obrigatoriedade do voto pode ser compreendido pelo desejo de inclusão na vida política. Ele argumenta que muitos veem o voto obrigatório como um meio de reduzir desigualdades na representação, evitando a dominação de grupos específicos e garantindo que as reivindicações de diversos setores da sociedade sejam ouvidas.

Outro aspecto investigado foi se os entrevistados votariam caso a obrigatoriedade do voto fosse eliminada. A resposta foi majoritariamente positiva: 66,04% afirmaram que ainda assim iriam às urnas. Em contrapartida, 30,68% disseram que não votariam, e 3,28% não souberam responder.

Esses dados indicam uma preocupação com a participação cidadã, mesmo em um cenário onde o voto não é obrigatório. A pesquisa reflete a importância da conscientização política e o papel ativo que os cidadãos desejam exercer na democracia.