Na entrevista desta quinta-feira (24) o professor Marco Aurélio Freire teve a presença do Diretor Executivo do Livres, cientista Político, Magno Karl. Ele traçou um panorama do LIVRES, movimento de caráter Liberal, que tem por objetivo ampliar as discussões a respeito de políticas públicas de cunho liberal e também formar pessoas para a discussão política.
Para isso estão preparando ações tais como a de abrir inscrições para a formação de Líderes. São focados na juventude e por isso mantém uma presença constante nas redes sociais. O movimento também investe em parcerias com escolas de líderança política /movimentos para a formação de associados.
Movimentos como ACREDITO, RENOVA BR, fazem parceria com o LIVRES e a crítica que Magno faz é aos partidos políticos atualmente. Ele considera que os partidos deixaram de fazer formação política e esses movimentos cresceram justamente por aproximar a Política das pessoas em geral mas principalmente dos jovens que não se identificam com os partidos nem são acolhidos por eles.
Perguntado se o LIVRES tem diferença em relação ao MBL, Magno explicou que embora trabalhem muito juntos a principal diferença são as especialidades. O MBL é bom na organização de massas, grandes passeatas, mobilização de rua e o LIVRES faz notas técnicas, formação intelectual de novas lideranças.
Sobre a polarização atual da sociedade brasileira o cientista politico entende que o brasileiro mudou as discussões sobre o futebol do fim de semana pelas notícias políticas. Isso inclusive era lamentado, pois se dizia que os brasileiros não se interessavam por política. Neste cenário o interesse atual é positivo, só está distorcido porque as pessoas tem mentalidade de torcida ainda mas com o tempo ele crê que isso vai ser mudado quando as pessoas forem compreendendo as regras e a organização da política.
Também aproveitou para explicar que o LIVRES já fez parte do PSL e que justamente quando o partido filiou o então deputado federal Jair Bolsonaro o movimento se desfiliou. Colocou que o LIVRES sempre se colocou de forma crítica ao político Jair Bolsonaro. Para ele, o presidente investe no nós contra ele e o LIVRES não aposta nisso.
Sempre viram o presidente com desconfiança pois nunca foi um liberal nem na economia nem na política. O Presidente é uma pessoa divisiva e tem pouco apreço pelo diálogo e pela democracia e não teve uma maneira fraterna de lidar com a situação dos brasileiros nessa pandemia.
Sobre a terceira via considera que deve ser construída. O grande problema em sua visão é que ficam muitas vezes na mera rejeição aos nomes de Bolsonaro e de Lula. As terceiras vias devem sair do debate de nomes e ir para o debate de ideias. Isso é o essencial. Se vão vir com um bolsonarismo light ou um lulismo light ou inovar no debate público nacional.