O deputado Gilberto Abramo (Republicanos–MG), presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil‑Israel, manifestou insatisfação pública com a decisão do presidente Lula de não sancionar o PL 5.636/2019, que institui o Dia da Amizade Brasil‑Israel. O prazo para sanção venceu no dia 18 de junho, e o presidente preferiu manter silêncio, deixando o projeto para ser promulgado tacitamente pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil‑AP), que é judeu .
Em nota divulgada hoje(24), Abramo questionou:
“O problema do governo brasileiro é com o governo de Israel ou com os israelenses?” 
O deputado ressaltou que, mesmo dentro das prerrogativas constitucionais, a atitude carrega “forte simbolismo político”, em um momento delicado para o Oriente Médio . Segundo ele, a parceria entre Brasil e Israel é baseada em cooperação histórica e respeito mútuo, o que deve ser preservado independentemente das divergências políticas .
Além de Abramo, a nota recebeu apoio de parlamentares como Bia Kicis (PL‑DF), Diego Garcia (Republicanos‑PR) e Rogéria Santos (Republicanos‑BA) — todos do grupo de amizade Brasil‑Israel — que prometeram “seguir fortalecendo os laços de amizade entre os povos” .
O movimento é interpretado como uma sinalização política de setores do centrão e da direita parlamentar pressionando o governo por maior equilíbrio nas relações diplomáticas. Apesar das críticas, a promulgação do PL será feita por Alcolumbre, segundo previsão constitucional.
