Líder de Bolsonaro na Câmara dos Deputados é alvo de Operação da Polícia Federal e alega perseguição para prejudicar imagem dele

Mário Flávio - 18.01.2024 às 10:12h

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (18) a 24ª fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram atos golpistas ocorridos entre outubro de 2022 e o início de 2023, no interior do estado do Rio de Janeiro. O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) é alvo da operação.

Segundo o inquérito, Jordy trocou mensagens com um grupo no Rio de Janeiro e passou orientações sobre os atos antidemocráticos. Ao todo, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados do Rio de Janeiro (8) e no Distrito Federal (2).

Agentes da PF foram até a Câmara dos Deputados e a residência do parlamentar para cumprir mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jordy. Na casa dele, a PF apreendeu uma arma e R$ 1 mil.

“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime”, diz nota da Polícia Federal.

Nas redes sociais, Jordy declarou que a busca é “uma medida autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal”. Ele é pré-candidato a prefeito de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

“Eu, em momento algum do 8 de janeiro, eu incitei, falei para as pessoas que aquilo ali era correto. Pelo contrário. Em momento algum eu estive nos quartéis-generais quando estavam acontecendo todos aqueles acampamentos. Nunca apoiei nenhum tipo de ato, tanto anterior ou depois no 8 de janeiro. Embora as pessoas tivessem todo o seu direito de fazer suas manifestações contra o governo eleito”, alegou Jordy.