Lei pode obrigar Tony e Wolney a deixarem MDB e PDT

Mário Flávio - 30.07.2021 às 08:25h

Se a eleição fosse hoje com certeza os deputados Tony Gel e Wolney Queiroz iriam disputar a reeleição por outras legendas. Os dois estão filiados a MDB e PDT, respectivamente, e não teriam como entrar na disputa pelos partidos que estão filiados atualmente. O problema todo é a atual legislação eleitoral, que acabou com a coligação e elege os mais votados dentro dos partidos, o que deixariam a ambos praticamente isolados e os obrigaria a trocar de legenda. 

Tony é hoje o único deputado estadual do MDB e o partido deve virar alvo de uma disputa entre os senadores Jarbas Vasconcelos e Fernando Bezerra  Coelho, que pensam em posições distintas para 2022. Jarbas quer seguir com o MDB na Frente Popular e apoiar o candidato indicado pelo PSB ao governo. Enquanto isso, FBC quer a legenda apoiando o nome do filho dele, Miguel Coelho como candidato ao governo e nome para enfrentar justamente o PSB nas urnas. 

Com essa situação de indefinição, os demais políticos não vão querer entrar em bola dividida e o partido pode ficar esvaziado. Essa situação forçaria Tony Gel e buscar outra legenda e isso não seria muito problema para o ex-prefeito de Caruaru. O PSB pode ser o caminho natural, já que ele é de confiança da cúpula socialista e poderia entrar no chapão para ter uma reeleição mais tranquila. Mas não seria surpresa ele ir para o PP, de Eduardo da Fonte, Republicanos, de Silvio Costa Filho ou até mesmo o PSD, de André de Paula. Esse último teve uma reunião ontem com Jarbas Vasconcelos e recebeu o apoio dele para ser o candidato da Frente Popular ao Senado. Então, um pedido de Jarbas para André abrigar Tony e Tonynho não seria problema. Vale lembrar que quando Tony era prefeito pediu votos para André de Paula em Caruaru e os dois têm uma excelente relação. 

A situação de Wolney não é muito diferente. O PDT já lançou o nome de Ciro Gomes para presidente e com isso, será complicada a manutenção do partido na aliança da Frente Popular. O PSB deve compor com o PT, com isso estariam em campos opostos na eleição de 2022 para presidente. O partido elegeu Wolney e Túlio Gadelha para a Câmara dos Deputados e esse último vive em pé de guerra com a sigla. 

Túlio deve deixar o PDT e ir para o PSOL. Sozinho no partido e sem candidatos para formar a calda eleitoral, Wolney teria que buscar outra legenda. Os caminhos para o presidente do PDT em Pernambuco seriam o PSB e ir para o chapão ou até mesmo o PT, já que o deputado sempre votou ao lado dos petistas nos últimos anos. Com isso, ele deixaria de lado o comando do PDT, há mais de 30 anos nos alicerces dos Queiroz em Pernambuco. A conferir.