Em discurso na reunião plenária dessa terça (7), o deputado José Queiroz (PDT) voltou a acusar o presidente Jair Bolsonaro (PL) de “omissão no combate à pandemia de Covid-19”, em razão da demora de decidir sobre a exigência de passaporte vacinal para entrada no Brasil. “Se tivermos problemas maiores com as atividades econômicas, há um responsável”, afirmou o parlamentar.

O ex-prefeito de Caruaru citou ações adotadas por outros países diante do surgimento da variante Ômicron. “A Itália tomou medidas duríssimas, determinando a apresentação do passaporte vacinal para ingresso em casas de espetáculos e centros de compras”, exemplificou. Ele elogiou, ainda, a decisão de nações ricas de fornecer imunizantes às mais pobres: “Ou fazem isso, ou ficaremos sujeitos a novos sustos e ameaças”.

Queiroz lamentou os mais de 615 mil óbitos decorrentes do novo coronavírus no Brasil, atribuindo a alta mortalidade no País a decisões do Governo Federal. “O presidente é conivente com coisas erradas, não segue a ciência e trata de assuntos sérios em tom de brincadeira”, disse. “Por isso, é chamado de genocida.”

Por outro lado, o deputado elogiou a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, que deu 48 horas para que a Presidência da República delibere sobre o passaporte vacinal. “Essa medida vai criar condições para que as atividades econômicas não sofram tanto quanto estão sofrendo e para que os espetáculos continuem ocorrendo”, concluiu.