João Lyra volta a cobrar gestão democrática na direção nacional do PDT

Mário Flávio - 23.03.2013 às 07:25h

Na sexta-feira (23), quando o vice-governador de Pernambuco João Lyra (PDT), esteve em Caruaru, o ex-ministro Carlos Lupi foi reeleito presidente nacional do PDT. Antes de a legenda comunicar o resultado, João conversou com jornalistas em uma breve coletiva de imprensa e ressaltou que o partido necessita de uma reestruturação, que passa principalmente pela necessidade da eleição para todos os diretórios estaduais do partido no país. Questionado se Lupi seria a melhor escolha para seguir no comando nacional, e se Zé Queiroz seria o melhor nome para continuar presidindo o partido em Pernambuco, o vice evitou comentários polêmicos, mas cobrou mais participação no partido.

“Eles [Lupi e Zé Queiroz] decidiram que seria assim. Estive com o senador Cristovam Buarque, com outras lideranças, foi encaminhado um documento com reivindicações e vamos ver o que a direção vai dizer sobre esse documento, encabeçado pelo senador. Esse relatório simboliza mais democracia dentro do PDT, mais participação e fazer as eleições nos diretórios estaduais. Eles apenas cumprem o que a lei manda, com nove diretórios instituídos, enquanto no restante dos estados se instituem comissões provisórias”, reforçou João.

O vice-governador também foi indagado se em nível regional e local, Zé Queiroz, que presidente a legenda estadual e é prefeito de Caruaru, passaria por problemas de comunicação com membros do partido, levando em conta que recentemente um dos principais aliados locais de Queiroz, o ex-secretário municipal Kiko Beltrão, anunciou a saída do PDT. “Até onde eu sei existe esse problema. Comigo nunca houve nenhuma conversa sobre partido. Acompanhei o posicionamento do engenheiro Kiko Beltrão apenas pela imprensa. Se ele falou que participava internamente das conversas, ele teve suas razões”, ponderou.

Voltando a falar sobre sua possível ida para o PSB, João disse que ainda depende de uma análise sobre os rumos do PDT, já que ele espera que a direção nacional tome uma nova perspectiva de gestão. No entanto, ele continua com o discurso de que pretende voltar à legenda socialista por solidariedade a Eduardo Campos, eventual adversário da presidenta Dilma (PT) em 2014. João, no entanto, segue cauteloso e diz que o momento é de ajudar a petista a enfrentar a crise mundial. “Eduardo se tornou liderança nacional. Em 2010 e 2012 o PSB cresceu muito e ele está conversando, buscando a melhor alternativa para o Brasil. Eu concordo quando ele diz que a eleição é em 2014, mas 2013 é um período de colaboração com a presidenta Dilma e com os outros governadores para que possamos sair dessa crise mundial”, defendeu.