Para os que pensavam que o depoimento no Congresso iria encerrar o assunto FBC, a imprensa trouxe a tona vários assuntos envolvendo o nome do ministro da Integração Nacional. A Folha de São Paulo, jornal mais importante do Brasil, trouxe reportagem com a afirmação que “pelo menos R$ 2 milhões em emendas do deputado Fernando Coelho Filho (PSB) beneficiaram três empreiteiras ligadas a filiados ao PSB e a ex-assessores do ministro Fernando Bezerra Coelho, pai do congressista”.
“As empresas contratadas pela Codevasf, estatal vinculada ao Ministério da Integração Nacional, ficam em Petrolina, base eleitoral dos Coelho. São elas: Solo Construções e Terraplenagem, Evel Terraplenagem e SCS Construções”. Diz a reportagem
Ouvido a respeito, o ministro afirmou o seguinte: “A simples formalização de emendas parlamentares é incapaz de gerar qualquer tipo de favorecimento para a contratação de empresas”, negando ter havido favorecimento às empresas contratadas com recursos das emendas do filho.
ESTADÃO – O Jornal O Estado de São Paulo também fez menção a família de FBC. Em reportagem publicada ontem, o jornal afirma que o ministro é produto de uma das oligarquias mais longevas do Nordeste, a qual foi inaugurada por seu avô, Clementino Coelho, o coronel Quelê, “um dos responsáveis pela industrialização da região”.
O jornal não faz novas denúncias contra o ministro da Integração Nacional. Com o enfoque na “oligarquia”, diz que em Petrolina há os seguintes logradouros públicos homenageando a família do ministro: Parque Josefa Coelho; Bairro Gercino Coelho; Escola Clementino Coelho; Aeroporto senador Nilo Coelho; e Estádio Municipal Paulo Coelho.
VEJA – A revista dedica duas páginas ao ministro com o título “Mais um duto de problemas”, com ampla reportagem mostrando toda a crise vivida por FBC nos ùltimos dias. A Veja ainda apresenta artigo assinado por Roberto Guzzo, que defende a extinção do Ministério da Integração Nacional como também da Codevasf, órgão a ele subordinado, que até a semana passada era presidido pelo ex-deputado Clementino Coelho, irmão do ministro Fernando Coelho.
ISTO É – A revista abordou o assunto na coluna “Brasil Confidencial”, assinada pelo jornalista Octávio Costa. O título da mesma é “Bezerra e os sucos”, e ressucista um empréstimo feito pelo pai do minisitro: “O ministro Fernando Bezerra evita usar o sobrenome Coelho para não ter a imagem associada aos negócios da família que controla Petrolina com mão de ferro. É corrente na cidade a história do golpe dado pela Frutos Tropicais. A empresa pediu crédito milionário ao Banco do Brasil para produzir e exportar sucos e frutas. Por alguma razão, o negócio faliu e os equipamentos sumiram. O passivo no BB já está na casa do bilhão de reais. A Frutos tem como acionistas o irmão Clementino e a UPA Umbuzeiro Participações, na qual o ministro figura como sócio. A família, aliás, continua no ramo com outras empresas”. Diz o texto.