Assim como o PSDB prepara o prefeito de São Paulo, João Doria, para disputar a Presidência da República no próximo ano se o governo Geraldo Alckmin inviabilizar-se, o PT também prepara o ex-prefeito Fernando Haddad para a hipótese de o ex-presidente Lula tornar-se inelegível. Foi o próprio Lula, aliás, quem estimulou Haddad a se mexer, como que prevendo sua inelegibilidade se a 8ª Turma do TRF da 4ª Região confirmar a sentença do juiz Sérgio Moro, que o condenou a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e ocultação de patrimônio.
Haddad, seguindo à risca os conselhos do ex-presidente, chegará ao Recife na próxima sexta-feira para cumprir agenda de candidato: café da manhã com o reitor Anísio Brasileiro (UFPE), palestras na UFPE e na Unicap, presença em atos promovidos pela vereadora Marília Arraes (PT) e o deputado Sílvio Costa (Avante), café da manhã com a direção estadual do PT e almoço com o governador Paulo Câmara. Sorte do PT ter um quadro político como ele, que além de ter governado a maior cidade do Brasil não tem envolvimento com a Lava Jato.