Do Poder360

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), indicou nesta segunda-feira (08) o secretário-executivo do ministério, Gabriel Galípolo, 41 anos, para a diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC). O chefe da equipe econômica justificou a decisão dizendo que o auxiliar é “nome de confiança” do mercado financeiro.

Ao falar sobre a escolha de Gabriel Galípolo para a função, o ministro da Fazenda afirmou que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, foi a “primeira pessoa” a sugerir o nome do número dois da equipe econômica para a cúpula da autarquia. A conversa se deu durante evento do G20, em Bangalore, na Índia.

“A primeira vez que eu ouvi o nome do Galípolo para o Banco Central partiu do Roberto Campos Neto. Eu estava no G20, na Índia, fomos almoçar juntos e foi a primeira pessoa que mencionou a possibilidade do Galípolo ir para o Banco Central no sentido de entrosar as equipes do BC e da Fazenda”, declarou Haddad em entrevista a jornalistas.

O titular da Fazenda também disse que “não queria abrir mão” de Galípolo. Haddad também respondeu a um questionamento de que o nome do auxiliar não seria bem aceito pelo mercado financeiro:

“O Galípolo foi presidente de banco, é conhecido dos economistas, trabalha comigo já há muitos meses. É copartícipe, coautor de todas as políticas públicas que estão sendo endereçadas ao Congresso Nacional.”.

“Sempre fui um crítico do divórcio da política monetária e fiscal”, acrescentou. Segundo o ministro, a decisão “vai fortalecer” e assegurar convergência entre BC e Fazenda.

Galípolo também é o “nome dos sonhos” do governo para substituir Campos Neto, que tem mandato até 31 de dezembro de 2024, na presidência do Banco Central.

Haddad enfatizou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aprovou os nomes. “O presidente Lula chancelou a indicação dos dois nomes”, disse.

Galípolo será substituído no cargo de secretário-executivo da Fazenda pelo advogado Dario Durigan, atual diretor de políticas públicas do WhatsApp.