De acordo com o plano de privatização da Eletrobras que foi apresentado pelo governo em evento no Palácio do Planalto na terça-feira (19), os trabalhadores vão poder usar dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para comprar ações da empresa quando for privatizada.

A medida que visa estabelecer esse direito, ainda será analisada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que também permite que qualquer pessoa física residente no Brasil compre as ações da empresa a serem ofertadas na desestatização.

O Estado possui 60% dos papeis da Eletrobras. O objetivo é ficar com 45%. Com a negociação, deixaria de ter a maioria das ações, mas será o principal acionista. O governo busca arrecadar cerca de R$ 100 bilhões com a desestatização e, além disso, argumenta que a medida vai recuperar a capacidade de investimentos da empresa em geração e transmissão de energia.

A modalidade que permite o trabalhador ser acionista com o dinheiro do FGTS, determina que poderão ser usados até 50% do valor da conta individual. O valor de entrada para cada investidor será de R$ 200. Para esse tipo de operação, o governo autorizou o uso de até R$ 6 bilhões de todo o FGTS.