Governo de Pernambuco assina termo para combate contra o crack

Mário Flávio - 14.03.2012 às 18:30h

O combate ao crack em Pernambuco ganhou um importante aliado. Quase dois anos após o lançamento do plano estadual de enfrentamento à droga, o estado é o primeiro do Brasil a assinar o termo de adesão ao programa Crack, é possível vencer, do Governo Federal. A iniciativa vai destinar R$ 4 bilhões para ações de prevenção, cuidado e autoridade em várias cidades brasileiras nos próximos três anos.

O convênio entre prefeitura, Estado e União foi assinado nesta terça (14) em solenidade no Palácio do Campo das Princesas. O governador Eduardo Campos recebeu os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo; da Saúde, Alexandre Padilha; a secretária nacional de Assistência Social, Denise Colin; além do prefeito do Recife, João da Costa, e vários outros gestores municipais. “Uma coisa é ver a degradação (das pessoas) através de uma apresentação de Power Point, sentado no gabinete, de paletó e gravata. A outra é à vera, você e um jovem de 16 anos dependente da famigerada droga”, alertou o governador.

A secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Laura Gomes (PSB), participou da solenidade e disse que Pernambuco vem desempenhando um papel sério para combater o crack. “O programa também está alinhado com o Pacto pela Vida. A partir disso, estamos dando mais um passo para combater esse mal e salvar a vida de muitos jovens em nosso Estado”, citou.

Para ampliar os serviços de saúde já oferecidos pelo Estado aos dependentes, a União repassará R$ 74 milhões até 2014 ao Tesouro Estadual. O dinheiro vai possibilitar a abertura de 20 novos leitos de enfermarias especializados que vão se somar aos 80 que já funcionam na capital e no interior. Um novo Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Drogas (CAPs) 24h será inaugurado no Centro do Recife e outras três unidades já existentes (Santo Amaro, Cordeiro e Tamarineira) passarão a atender em horário integral nos sete dias da semana. Além disso, os Centros de Referência para Pessoas em Situação de Rua, os chamados consultórios de rua, vão dobrar o número de atendimentos.