O jornalista norte-americano Glenn Greenwald, conhecido por seu viés progressista e por seu papel crucial no vazamento das mensagens que expuseram as articulações entre Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato, voltou a causar polêmica nas redes sociais. Desta vez, seu alvo foi o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a quem chamou de “o principal censor do Brasil” e “rei não eleito”.
A crítica de Greenwald ocorreu em meio à polêmica envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e o convite para comparecer à posse de Donald Trump, na presidência dos Estados Unidos, que ocorre dia 20 de janeiro.
Alexandre de Moraes, em uma decisão criticada por aliados de Bolsonaro, apreendeu o passaporte dele e ainda não se manifestou sobre a autorização para que ele viaje a posse do novo presidente dos EUA.
Em uma publicação no Twitter, Greenwald declarou:
“Trump convidou o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro para comparecer à sua posse em DC. O principal censor do Brasil e, na verdade, seu rei não eleito, Alexandre de Moraes, já apreendeu seu passaporte, como parte de uma investigação, e provavelmente negará permissão para Bolsonaro viajar.”
A fala do jornalista reacendeu o debate sobre o papel do STF na política brasileira. Moraes, que ganhou notoriedade por sua atuação em inquéritos envolvendo desinformação e que ele chama de “ataques contra a democracia”, tem sido alvo constante de críticas de setores da direita, mas agora enfrenta também a reprovação de Greenwald, um crítico assumido de Bolsonaro.
