A deputada estadual Gleide Ângelo (PSB) destinou emendas parlamentares em parceria com o deputado federal Felipe Carreras (PSB) , no valor de R$440.000,00 para a continuidade das obras de requalificação e reestruturação do Centro Cultural Estrela de Lia, que atende a comunidade de Itamaracá com atividades recreativas, educativas e sociais, além de atuar como atração turística e cultural tanto para os moradores, quanto para os visitantes da ilha do litoral norte pernambucano.
Parte do valor está em fase de execução e já foi firmado um convênio com a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) para a supervisão das obras. O projeto foi elaborado e também terá a execução supervisionada pela Gerência de Preservação Cultural da Fundarpe e visa tanto a reestruturação arquitetônica quanto funcional, com a construção de salas de aula, banheiros e cozinha , além da compra de equipamentos para as instalações.
No centro serão desenvolvidas atividades educacionais, como oficinas de cerâmica, percussão, fotografia, malabares, rabeca, teatro, cavalo-marinho e, claro, ciranda. Também será construída uma ala destinada para projetos sociais que abordam temas como o enfrentamento à violência doméstica, o combate ao bullying, técnicas da pesca não predatória, gastronomia, entre outras atividades que envolvam os moradores locais. “Lia de Itamaracá é uma mulher guerreira imbatível. É uma grande amiga e não há como se emocionar, nem se envolver com a história e o trabalho dela. Estas emendas são o mínimo que podemos fazer para fornecer as condições que vão garantir a continuidade deste belo trabalho. Lia tem um legado, é uma mulher que leva o nosso estado, a nossa cultura pelo mundo”, comenta Gleide.
O terreno que abriga o Centro Estrela de Lia foi uma doação que a artista recebeu há 17 anos, mas a manutenção enfrenta altos e baixos e, em 2010, já teve de encerrar as atividades por falta de recursos. Quatro anos depois, a palhoça principal onde aconteciam as apresentações culturais desabou devido às fortes chuvas, o que impediu qualquer atividade na área. Em 2016, foram destinados recursos públicos para a recuperação da palhoça onde acontecem as rodas de ciranda e outros eventos culturais que agregam moradores e turistas, mas as obras ainda não foram concluídas.