Festival Cine PE comemora 25 anos com volta ao formato presencial no Teatro do Parque

Jorge Brandão - 23.11.2021 às 12:25h

Após uma edição online devido à pandemia, o Cine PE retoma a programação presencial na edição em que comemora 25 anos. Entre a terça (23) e a sexta (26), o festival audiovisual acontece no Teatro do Parque, no Centro do Recife. O evento terá exibições em dois momentos: a partir das 14h ocupam a telona os competidores das mostras de curtas-metragens e, às 19h, é a vez dos longas-metragens.

O acesso ao festival será gratuito, tanto para a exibição de curtas quanto para os longas-metragens. Seguindo protocolos de combate à pandemia da Covid-19, a capacidade do Teatro do Parque será reduzida a 500 expectadores. Além disso, só será permitida a entrada do público de máscara e mediante apresentação de cartão de vacinação contra Covid-19.

Os seis longas nacionais selecionados para a mostra competitiva são os documentários “Os ossos da saudade”, de Marcos Pimentel (MG); “Ainda estou vivo”, de André Bomfim (SP); e “Muribeca”, de Alcione Ferreira e Camilo Soares (PE); e as ficções “Lima Barreto ao terceiro dia”, de Luiz Antônio Pilar (RJ); “Receba!”, de Pedro Perazzo e Rodrigo Luna (BA); e “Deserto Particular”, de Aly Muritiba (PR). Este último foi premiado no Festival de Veneza 2021 e faz sua estreia nacional no Cine PE, além de ter sido escolhido para representar o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar 2022.

Já a mostra de curtas-metragens contempla realizadores do Amazonas, São Paulo, Goiás, Pernambuco, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo, Pará, Rio Grande do Norte e Amapá. Nesta edição, as entrevistas coletivas e os debates sobre os filmes também voltam a acontecer de forma presencial, no Hotel Nóbile Executive, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Os encontros são abertos ao público, sempre nas manhãs seguintes às exibições dos filmes, a partir das 9h.

O longa de ficção pernambucano “Recife Assombrado”, de Adriano Portela, será exibido na tarde de 26 de novembro, às 14h, na mostra especial que marca a conclusão das oficinas ministradas pelo festival para professores e multiplicadores da rede pública de ensino de Pernambuco, entre os meses de maio e agosto de 2021. A trama conta a história de Hermano (Daniel Rocha), que retorna ao Recife após 20 anos para investigar o desaparecimento do seu irmão. Durante essa busca, ele se depara com assombrações famosas do imaginário recifense durante a noite.

Troféu Calunga

O festival premia com o Troféu Calunga as seguintes categorias: para filmes de longa-metragem, melhor filme, melhor direção, melhor ator, melhor atriz, melhor ator coadjuvante, melhor atriz coadjuvante, melhor roteiro, melhor fotografia, melhor direção de arte, melhor trilha sonora, melhor som, melhor montagem.

Na categoria de curta-metragem, as premiações vão para melhor filme, melhor direção, melhor ator, melhor atriz, melhor roteiro, melhor fotografia, melhor direção de arte, melhor trilha sonora, melhor som, melhor montagem.

Além das categorias selecionadas pelo júri oficial, o público pode selecionar os premiados pelo júri popular, por meio do aplicativo oficial do festival.

Os críticos da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) escolherão ainda os melhores filmes nas categorias competitivas das Mostra de Curtas Nacionais e Mostra de Longas Metragens, através do júri da crítica.

A calunga do troféu representa a boneca carregada pela sacerdotisa dos cultos afro-brasileiros durante a apresentação do maracatu. O Troféu Calunga é uma criação da artista plástica Juliana Notari. Os homenageados do Cine PE são contemplados com a Calunga de Ouro e os filmes vencedores, com a Calunga de Prata.

Além da premiação oficial, o Canal Brasil oferece o Prêmio Canal Brasil de Curtas – um júri composto por jornalistas e críticos de cinema escolhe o melhor filme de curta-metragem em competição, que, além de ser exibido na grade de programação, recebe o Troféu Canal Brasil e R$ 15 mil.