
O senador por Pernambuco, Fernando Dueire (MDB), tem sido alvo de pressões crescentes para que se manifeste publicamente sobre o processo de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A cobrança nas redes sociais parte de diferentes espectros políticos — tanto de bolsonaristas quanto de setores da esquerda — diante da escalada de tensões entre o Judiciário e parte do Congresso Nacional.
Enquanto a temperatura política sobe em Brasília, Dueire permanece em silêncio sobre o tema. Até o momento, o parlamentar não fez declarações públicas sobre como votaria caso o processo de impedimento avançasse no Senado.
A postura contrasta com a dos outros dois senadores de Pernambuco, Humberto Costa e Teresa Leitão, ambos do Partido dos Trabalhadores. Os petistas já declararam que são contra o impeachment de Moraes e classificam o processo como uma tentativa de desestabilizar as instituições democráticas do país.
Segundo levantamento de portais especializados em política, 41 senadores já declararam voto favorável à abertura do processo contra o ministro. O número é significativo, mas ainda distante dos 54 votos necessários para que o impedimento seja aprovado.
Fernando Dueire, que assumiu a vaga de Jarbas Vasconcelos em 2023 e tem adotado um perfil discreto no Senado, agora se vê no centro de uma disputa que envolve temas sensíveis como liberdade de expressão, ativismo judicial e o equilíbrio entre os Poderes. Sua indefinição tem alimentado especulações nos bastidores políticos, especialmente diante da polarização que o tema tem provocado no Congresso.
A pressão sobre Dueire deve aumentar nas próximas semanas, principalmente se o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, decidir pautar o tema oficialmente. Até lá, o silêncio do senador pernambucano seguirá sendo observado com atenção por apoiadores e críticos do STF.