O Ministério da Fazenda está reavaliando a proposta de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), após pressão do setor bancário e a apresentação de alternativas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e por presidentes das principais instituições financeiras do país. A medida, inicialmente pensada como forma de elevar a arrecadação federal, tem enfrentado forte resistência diante do impacto que pode gerar sobre o crédito e o consumo.
Durante reunião com representantes do setor bancário, a equipe econômica ouviu sugestões que incluem medidas de corte de despesas e ampliação de receitas por outros caminhos que não envolvem diretamente o aumento de tributos sobre transações financeiras. De acordo com interlocutores da Fazenda, a pauta segue em análise técnica, sem definição até o momento.
A possibilidade de aumento do IOF havia sido sinalizada como alternativa para compensar despesas crescentes do governo federal, sobretudo diante da meta de zerar o déficit primário até o fim do ano. No entanto, o recuo parcial do ministério é visto como gesto de sensibilidade política diante da reação negativa do mercado e do setor produtivo.
Em nota, o Ministério da Fazenda informou que está aberto ao diálogo e que seguirá avaliando propostas que contribuam para o equilíbrio fiscal, desde que mantenham a estabilidade econômica e minimizem impactos sobre a população e o ambiente de negócios. A discussão sobre o IOF deve continuar nas próximas semanas, com a participação do Congresso Nacional e de representantes do setor privado.
