Na tarde desta quarta-feira (21), a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) adiou a votação da indicação do médico veterinário Moshe Dayan Fernandes de Carvalho para a presidência da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro) devido à ausência de quórum mínimo necessário. A oposição atribuiu o esvaziamento do plenário à base governista, acusando o governo estadual de interferência política.
Moshe Dayan, indicado pela governadora Raquel Lyra em 13 de maio, teve seu nome aprovado por unanimidade pela Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Alepe durante a manhã. No entanto, a votação em plenário, que exigia a presença de pelo menos 25 deputados, não ocorreu devido à presença de apenas 19 parlamentares, sendo que cerca de oito estavam em seus assentos.
O deputado Júnior Matuto (PSB) criticou a ausência de parlamentares da base governista e mencionou o secretário executivo da Casa Civil, Yuri Coriolano, como responsável por orientar o esvaziamento do plenário. O deputado Mário Ricardo (Republicanos) também lamentou a falta de quórum, destacando a importância da Adagro para o estado.
A sabatina de Moshe Dayan foi antecipada após apelo da Associação Avícola de Pernambuco (Avipe), preocupada com a recente detecção de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. O presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), destacou a necessidade de ação emergencial diante da crise no setor avícola.
Moshe Dayan, natural de Pedra, no Agreste pernambucano, tem 57 anos e possui vasta experiência no setor agropecuário, incluindo atuação no Sebrae e como secretário de Agricultura do município de Pedra. Em seu discurso na CCLJ, ressaltou a importância da Adagro e se colocou à disposição para contribuir com o desenvolvimento do estado.
A nova data para a votação em plenário ainda não foi definida. A oposição continua cobrando explicações sobre o esvaziamento do plenário e a falta de apoio da base governista para a votação.
