Da Agência Estado
Em Jundiaí, a cerca de 60 quilômetros da capital paulista, o PSDB ganhou todas as eleições municipais entre 1992 e 2008. Foram 20 anos de continuidade administrativa, até Pedro Bigardi (PC do B) quebrar a hegemonia tucana na cidade. Em Concórdia, no oeste catarinense, o PT venceu em 2000, 2004, 2008 e 2012, e caminha para 16 anos seguidos de controle da prefeitura.
Os dois casos são exceção no País. A regra é a alternância de partidos no poder local. De 2008 para 2012, em apenas 30% das cidades do País a mesma legenda foi a vitoriosa nas eleições municipais. Levando-se em conta as últimas três eleições, desde 2004, o índice de continuidade é de apenas 10%.
Uma das razões da alta rotatividade é a fragmentação do quadro partidário. Com quase três dezenas de siglas disputando o poder, as chances de controle hegemônico se reduzem. Prefeitos também costumam dedicar mais energia à sua própria campanha de reeleição que a de correligionários. E há o fator desgaste, que abre espaço para que as oposições lancem mão do discurso da necessidade de renovação.