Pela primeira vez, Santa Cruz do Capibaribe sediou uma etapa do Campeonato Brasileiro de Motocross e registrou números que colocam o município entre os maiores palcos do esporte no país. A cidade agrestina recebeu duas etapas consecutivas do MX1 GP Brasil entre os dias 18 e 20 de julho, em evento que marcou o retorno da competição ao Nordeste após mais de dez anos.
Batizado como “Etapa da Moda”, o evento atraiu um público estimado em mais de 70 mil pessoas ao longo dos três dias de atividades. Segundo a organização, foi a etapa com o maior número de pilotos inscritos e a maior pista montada nesta temporada do campeonato. As corridas aconteceram em arena montada às margens da rodovia PE-160, com estrutura temporária que reuniu boxes, arquibancadas e área de convivência.
Além das disputas nas principais categorias do motocross nacional, o evento movimentou a economia local. A rede hoteleira, o comércio e o setor de alimentação registraram aumento na demanda, impulsionados pelo volume de visitantes e pela presença de equipes de todo o Brasil. Santa Cruz, conhecida pelo polo de confecções, atraiu atenção nacional por sediar um dos maiores eventos da atual temporada do motociclismo.
Para Tiago Henrique, organizador da etapa local, a realização superou expectativas. “Mostramos que o município tem estrutura e público para receber um evento desse porte. Foi uma oportunidade de inserir Santa Cruz no calendário nacional do motocross e, ao mesmo tempo, gerar impacto econômico positivo para diversos setores”, afirmou.
A realização da etapa contou com o apoio da Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe, da Câmara de Vereadores e da Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM). Ainda não há confirmação se a cidade receberá novas etapas nas próximas edições do campeonato, mas a organização considera o retorno como “bastante positivo” para os planos de interiorização da competição.
Além do aspecto esportivo, a Etapa da Moda serviu como vitrine para o debate sobre a descentralização dos grandes eventos esportivos no Brasil. A presença do campeonato em Santa Cruz sinaliza uma tendência de ampliação dos circuitos para regiões fora do eixo Sul-Sudeste, tradicionalmente mais presentes no calendário do motocross nacional.
