A primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, tem chamado atenção não apenas por sua atuação ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também pelos custos associados à sua equipe de apoio. Embora não ocupe um cargo oficial no governo, Janja conta com uma equipe composta por pelo menos 12 profissionais, incluindo assessores de imprensa, especialistas em redes sociais, fotógrafos e até um ajudante de ordens militar. O custo mensal estimado dessa equipe é de R$ 160 mil em salários. 

Desde o início do terceiro mandato de Lula, os gastos com viagens dessa equipe, que incluem despesas com transporte pela Força Aérea Brasileira (FAB), já ultrapassaram R$ 1,2 milhão. 

A presença de Janja em eventos internacionais também tem gerado debates. Em julho de 2024, ela representou o Brasil na abertura das Olimpíadas de Paris, acompanhada por uma comitiva. As despesas dessa viagem somaram R$ 203,6 mil, incluindo passagens aéreas e diárias internacionais de cinco servidores que integraram o grupo. 

Esses gastos têm sido alvo de críticas e investigações. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) apurações sobre possíveis irregularidades relacionadas à equipe de Janja. 

Em defesa da primeira-dama, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, questionou: “Qual é o problema em ter assessoria e condições de trabalho para cumprir o seu papel?”. Gleisi ressaltou que, em muitos países, as esposas dos presidentes desempenham funções ativas e possuem equipes de apoio. 

A discussão sobre os gastos e o papel de Janja no governo continua dividindo opiniões, evidenciando a complexa relação entre funções não oficiais e o uso de recursos públicos.