Entidades estudantis ausentes do debate na Câmara

Mário Flávio - 06.12.2012 às 10:25h

O movimento estudantil passa por longe do debate sobre o reajuste nos salários do Executivo e Legislativo. Enquanto um grupo de estudantes da Universidade Federal se juntou, confeccionou faixas, mobilizou boa parte da sociedade, criou grupo nas redes sociais para debater o tema e deu a cara a tapa, entidades como UJS, UESC. Frente Jovem de Oposição e UESP, evitam se posicionar sobre o tema.

O debate estudantil dessas entidades – pelo menos as que se dizem de esquerda – se reserva apenas para discutir quem vai ficar com os lucros da emissão das carteiras de estudantes, se esse fosse o foco de uma Lei para mexer com os ganhos de qualquer uma, com certeza a Casa Jornalista José Carlos Florêncio já teria sido alvo de protestos e muitas manifestações, como uma que ocorreu no ano passado.

Na época, as entidades duelaram entre si para ter o direito a emitir carteirinhas e alguns estudantes foram conduzidos a sede da Câmara, de maneira equivocada, por uma líder estudantil, com o pretexto de que os vereadores iriam acabar com a meia-entrada. Mas como o debate não interessa a maioria, a melhor opção é dar prioridades a outros assuntos.

No momento do protesto, parte da diretoria da UJS estava na UFPE, a meta é preparar a entidade para os Congressos, que serão realizados em janeiro. A UESC enviou comunicado, não participou do movimento pelo falecimento de um dos membros. No entanto, não se posiciona oficialmente sobre a situação. Quando a Uespe… Essa não tenho nem o que comentar. Os Jovens de Oposição estão preocupados com uma campanha beneficente de Natal e evitam debater o tema, a não ser um ou outro gato pingado, nas redes sociais

Resta aos que estiveram na Câmara lutar pelos ideias que acreditam, mesmo sendo poucos, diferente das entidades citadas. Quando ao movimento estudantil… Esse vai ficar entre os livros de história, já era!