Desde ontem que o PT é notícia em Pernambuco. O Partido dos Trabalhadores segue com muito debate nas cidades do Recife, Olinda, Ipojuca e Petrolina. Se nessas cidades o maior partido da América Latina, como gostam de citar os petistas, segue mostrando força, em Caruaru a legenda pouco se movimenta e grupos promovem encontros, que juntam meia dúzia de gatos pingados, para debater ações isoladas.
O PT tem como característica o intenso debate e nem isso aqui tem mais. Louise Caroline está na Europa, segue focada no mestrado e vive intensamente as questões políticas na Espanha. O vereador Rogério Meneses, que duelava com Louis, já está de malas prontas para a cidade de Imaculada, no sertão da Paraíba, onde disputa a prefeitura. Sem os dois o PT ficou insosso e muito previsível.
Hoje, o partido está fechado com a reeleição do prefeito Zé Queiroz e tem em Elba Ravane a maior expressão, com a petista seguindo os passos de Louise e fazendo um bom trabalho na Pasta. As fichas do PT para eleger um vereador ficarão em Zé Carlos Menezes, Eduardo Guerra, Djair Vasconcelos e Herlón Cavalcanti. Todos em situação delicada para conseguir um mandato.
O ex-vereador Zé Carlos Menezes já disse que não tem a intenção de disputar a eleição, mas é o candidato preferido da Tendência Democracia Socialista, uma das poucas que tenta tirar da inércia o PT de Caruaru. O problema é que Menezes enfrenta resistência do próprio prefeito, já que a saída dele do governo nunca foi bem explicada. Nesse caso, o secretário Executivo de Relações Institucionais, Eduardo Guerra, seria uma opção. Ele tem a confiança de Queiroz, Doulas e Wolney, mas sofre resistência na própria Câmara e de alas do PT.
Assessor da Fundarpe no Agreste, Herlón Cavalcanti, seria o herdeiro político de Rogério Meneses, mas com a ida do petista para Imaculada vai ser complicado mostrar que tem como avalista o ex-presidente da Câmara. Herlón ainda está numa sinuca de bico: se manter fiel a Rogério ou pedir ajuda ao grupo liderado pelo prefeito Zé Queiroz, desafeto de Rogério.
O cordelista tem como concorrente o diretor de Cultura, Djair Vasconcelos, que conta com apoio do Sindicato dos Professores (entidade que faz parte) e tem dialogado com outras tendências internas do partido, e membros do diretório que são independentes. O esperado é que quando o apoio destas tendências se confirmarem haja uma exposição maior do nome. Os dois têm funções estratégicas na área cultural e ainda irão duelar pelos votos dos artistas, situação pra lá de delicada.
Existe ainda a Tendência MAIS, ligada a Louise Caroline, mas que ainda não se pronunciou sobre quem apoia na eleição que se aproxima. Diante de toda essa adversidade não dá para entender um partido tão forte, mas tão fragmentado em Caruaru.