A Associação das Empresas de Transportes de Passageiros de Caruaru protocolou na manhã dessa quinta-feira (05) junto ao gabinete do prefeito José Queiroz a nova planilha de custos operacionais para um possível reajuste na tarifa do transporte coletivo na cidade. De acordo com o diretor Institucional da AETPC, Ricardo Henrique, durante quase quatro anos o preço das passagens ficou congelado na cidade. Segundo ele, o acúmulo de anos sem o reajuste, gerou o aumento de R$ 1,80 para R$ 2,10.
“Vale salientar que ano passado, o preço do valor da passagem, após 42 meses sem aumento, foi definido em R$ 2,30, mas por deliberação da própria AETPC, ficou decidido por R$ 2,10, justamente para evitar maior prejuízo junto a população. Com a planilha fica clara a necessidade do novo reajuste”, garante.
Ele lembrou ainda que durante os 42 meses houve o reajuste em todos os insumos que fazem parte do Transporte Coletivo, enquanto o valor da tarifa seguia sem alteração. “O combustível é um exemplo disso e mais um aumento ocorreu essa semana. A planilha de custo operacional, adotada pela Destra, é composta por tudo que se paga, para o serviço funcionar e que esse custo é medido mensalmente. Na mesma são analisados fatores como a quilometragem percorrida, quantidade de passageiros transportados, quantidade de veículos e também o ano dos mesmos, além dos impostos. Para ficar claro, na média nacional, os custos da tarifa são feitos da seguinte maneira: 29,4% mão de obra, 23% óleo diesel, 21,1% impostos, 19,1% veículos e 7,4% outros”, disse.
Após a análise da tarifa chegou-se a conclusão que para equilibrar o sistema, o novo valor da passagem deve ser de R$ 2.53 e a proposta foi encaminhada prefeito José Queiroz. “Chegamos a esse valor pela própria planilha. Precisamos lembrar que durante os 42 meses sem aumento, houve um investimento alto das empresas na frota de Caruaru. Temos hoje mais de 130 ônibus, com mais da metade sendo adaptada para as pessoas com algum tipo de deficiência. Houve uma renovação gradual das empresas e a idade de uso dos veículos diminuiu para 4,5 anos, uma das melhores do Brasil. Além da implantação da bilhetagem eletrônica”, disse.
O diretor da AETPC destacou ainda que um dos fatores que sobrecarrega a fixação do valor da tarifa é a gratuidade, como explica Henrique. “Isso representa 19% do valor na média nacional. Somos a favor de dar direito a quem tem o direito, mas a conta precisa ser paga, as empresas não podem bancar sozinhas todo o ônus gerado ao sistema”, concluiu.