Em Caruaru, Congresso da UEP termina com acusação de fraude e processo eleitoral polêmico

Mário Flávio - 17.06.2013 às 08:55h

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Três dias debates estudantis tomaram conta da Associação de Ensino Superior de Caruaru (ASCES), durante o 39 Congresso da União dos Estudantes de Pernambuco – UEP Cândido Pinto, que começou na sexta-feira, 14 de junho. Durante a abertura, no auditório da faculdade, cerca de 100 estudantes de diferentes estados estiveram presentes, além de dirigentes de universidades e representantes de movimentos. Com uma proposta de oferecer debates e palestras para a juventude, o que marcou o evento, no entanto, foi um encerramento polêmico, com a realização de duas eleições paralelas, em um contexto peculiar no qual a oposição de esquerda na entidade se mostrou mais fortalecida e unida.

Na plenária final, ocorrida no domingo (16), foram inscritas duas chapas: uma de oposição, composta pelas forças políticas Paratodos/CNB, Rebele-se/UJR, Movimento Mudança, Movimento Quilombo/EPS, Levante Popular da Juventude, Reconquistar a UEP/AE e estudantes independentes, e a da situação, composta pela juventude do PCdoB, a UJS, e pelo PTB, com apoio do PSB.

O impasse se deu quando, segundo os membros de oposição, a direção majoritária da entidade decidiu concluir o congresso sem divulgar o resultado final do credenciamento, o que não garante lisura no processo e não seria natural em fóruns de decisões do Movimento Estudantil. Houve uma eleição com apoio da majoritária, na qual foi eleita a estudante de Enfermagem na UPE, Melka Pinto.

Antes, durante a defesa das chapas, a oposição fez um discurso inflamado, mas quando terminaram as exposições, membros da majoritária alegam que os delegados de oposição se retiraram do local de votação, antes mesmo de ouvir a Chapa 2. Por sua vez, os delegados que discordaram da postura da direção majoritária, decidiram realizar uma plenária na área externa da quadra da ASCES. Na ocasião foi realizada outra eleição, em que foi eleito para presidir a entidade o estudante de Psicologia da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), Luciano de Farias.

Ao terminar o Congresso, o perfil da UEP no Facebook, divulgava oficialmente apenas Melka Pinto como presidente eleita, mas a polêmica gerou uma reação negativa de membros da chapa de oposição, que durante a noite de domingo exigiam a legitimação de Luciano de Farias como presidente eleito e acusavam a majoritária da UEP de fraudar o processo eleitoral. Isso gerou um intenso debate nas redes sociais.

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