Depois de elencar as principais insatisfações dos funcionários de Limpeza Urbana em Caruaru, a representação sindical da categoria enviou ofícios ao Ministério Público do Trabalho e à prefeitura municipal, ao final de maio, cobrando o cumprimento de uma pauta de reivindicações trabalhistas que está sendo cobrada à Locar Saneamento Ambiental Ltda, empresa responsável pelo serviço do limpeza no município.
No contexto
Agentes de Limpeza Urbana elegem as principais insatisfações da categoria em Caruaru
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Limpeza Urbana de Caruaru e Região (Sindlimp), José Antonio de Lira, alguns desses pontos fazem parte de acordo feito no início de 2013, junto ao sindicato que representa a categoria em nível estadual, o Stealmoaic. Ele disse também que algumas reivindicações começaram a ser cumpridos em meados de maio, após pressão dos servidores. “Hoje a Locar está atendendo com mais respeito seus funcionários, o Sindlimp está fazendo conquistou algum pontos e já conseguimos o pagamento de férias e de salários atrasados, assim como conseguimos aumentar em R$ 20 o valor do vale, tudo isso graças à articulação do sindicato para conseguir esses benefícios para a categoria. Mas, nós demos 15 dias para a prefeitura e Ministério Público do Trabalho para apurar o que está acontecendo e atender nossas demandas”, explicou o sindicalista.
Especificamente, fora o atendimento dos vencimentos em dia, os servidores cobram pagamento de vale-alimentação de R$ 80 e pagamento de vencimentos em dia, o pagamento do piso salarial no valor de R$ 693, quando recebem R$ 683, troca de equipamentos deteriorados e fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual, pagamento de verbas rescisórias após prazo legal sem o pagamento de multa prévia prevista no artigo 477 da CLT, falta de higiene no setor de trabalho e assédio moral aos funcionários.
Nesse contexto, segundo José Antonio, o atendimento parcial da Locar, referente ao salários em atraso, não é suficiente. “A gente já apresentou ofício ao Ministério do Trabalho e à prefeitura, reivindicando à Locar o pagamento de salário e férias em dia, pagamento de vale-alimentação adequado, pois hoje são pagos R$ 80, mas pedimos que se adeque ao valor de Recife, onde a Locar paga 230. E fora outras exigências que pedimos para a categoria em Caruaru, como denúncias de assédio moral, falta de higiene no ambiente do trabalho e oferecimento de Equipamentos de Proteção para todos os funcionários. Mas, o que esperamos é o diálogo com a empresa para solucionar esse impasse dar condições de trabalho melhores aos agentes de Limpeza Urbana”, completou.
Ainda em outubro de 2012, a Locar gerou repercussão devido a um enxugamento na folha de pessoal, a pedido da prefeitura, com a meta de redução de custos, já em um contexto da crise financeira pela qual passam os municípios brasileiros desde o final do ano passado. As demissões atingiram, à época, cerca de 150 pessoas que trabalham em varrição e capinação.