Nesta quarta-feira (27) o dólar alcançou o maior valor nominal da história, o recorde no preço veio antes do anúncio do pacote de revisão dos gastos públicos. O valor superou até então a máxima, de R$ 5,9007, alcançada em 13 de maio de 2020, no auge da pandemia de Covid.
A incógnita no mercado financeiro, formado por bancos, corretoras e operadoras financeiras predominantemente, é sobre a origem dos recursos para a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil que foi anunciado pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Atualmente, estão isentos os contribuintes que ganham até R$ 2.259,20 mensalmente.
A isenção, promessa de campanha do presidente Lula, estará no pacote de medidas de corte de gastos que será detalhado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em pronunciamento no rádio e na televisão às 20h30, em rede nacional.
A medida vai ser anunciada junto com o pacote de corte de gastos, que deve envolver:
- A inclusão da política de aumento do salário mínimo nas limitações do arcabouço fiscal; na prática, o mínimo poderá ser reajustado em patamares inferiores aos atuais, mas ainda acima da inflação, mantendo o ganho real;
- Uma proposta, enviada ao Congresso, para acabar com salários acima do teto constitucional, os chamados supersalários no serviço público;
- Uma convocação para que beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), atualizem seus dados, caso não o tenham feito nos últimos dois anos;
- Mudanças nas regras de aposentadorias e pensões dos militares.
Na máxima do dia, a moeda estadunidense foi cotada a R$ 5,9288.