Do The News
Mudança no jogo. Nesta semana, mais de meio século depois do confisco de empresas privadas, o Ministério da Economia de Cuba anunciou a aprovação das primeiras 32 micro, pequenas e médias empresas não estatais do país.
A reforma: O governo cubano aplicou uma medida que autoriza a criação de novos atores econômicos (pessoas jurídicas) para exercer suas atividades.
Grande parte das companhias virá dos trabalhadores autônomos do país — mais de 600 mil —, que, até então, eram a única forma de trabalhar no setor privado.
Quais são os segmentos dos novos negócios? As empresas estão divididas entre produção de alimentos, indústria, atividades de reciclagem e tecnologia.
Até agora, nenhum dos pedidos para abertura de empresas privadas foi negado, mas não se pode criar companhias em setores considerados “estratégicos” para o Estado, como saúde, telecomunicações, energia, defesa e imprensa.
Qual a relevância? Essa mudança altera drasticamente as regras do jogo da economia de Cuba — que é 85% estatal. Isso acontece depois de uma crise agravada pela pandemia, que levou os cubanos às ruas em protestos históricos contra o sistema.