A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) adiou novamente, nesta terça-feira (27), a votação para confirmar a indicação de Moshe Dayan Fernandes Carvalho à presidência da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro). A ausência de quórum, causada principalmente pela falta de deputados da base governista, impediu a deliberação.
Dos 18 parlamentares que compõem a base da governadora Raquel Lyra (PSD), apenas Débora Almeida (PSDB) e João Paulo (PT) compareceram à sessão. A ausência dos demais gerou críticas da oposição, que voltou a questionar a articulação política do Executivo.
Esta é a segunda vez que a votação é adiada. Na semana passada, o nome de Moshe Dayan chegou a ser aprovado por unanimidade na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ), mas o plenário não tinha quórum suficiente para seguir com a confirmação.
O episódio amplia a tensão entre os poderes Legislativo e Executivo. A oposição tem usado sua força para travar pautas estratégicas, como a autorização de um novo empréstimo de R$ 1,5 bilhão solicitado pelo governo, além da sabatina do novo administrador de Fernando de Noronha, que também está paralisada.
Até o momento, a governadora Raquel Lyra não se manifestou oficialmente sobre o impasse. A expectativa é de que a indicação volte à pauta na próxima semana, enquanto os bastidores da política estadual seguem em clima de tensão e incerteza.
