Na manhã desta quinta-feira (09) a equipe do blog esteve no local onde funciona a Feira do Troca. Dezenas de pessoas negociavam todo os tipos de mercadoria, desde a venda de bicicleta a peças para trocar óleo de moto. Consultados pelo blog, a maioria não quer a saída da Feira do local e afirmam que a medida não vai impedir a venda de drogas no Parque 18 de maio.
O senhor Donizete Antônio trabalha com a venda de video games há 20 anos. Para ele, a situação é simples de ser resolvida. “A Feira deve permanecer aqui, o que precisamos é de segurança e policiamento, com isso, a situação ficaria melhor, é daqui que tiramos o nosso sustento, temos muitas pessoas honestas aqui, não concordo com a saída”, disse.
Opinião semelhante é de seu Neco das Bicicletas. Ele negocia no local há 16 anos e diz que mudar o local não resolve o problema e ele pediu transparência a gestão. “Até agora ninguém veio aqui para nos dizer nada, só sabemos das coisas pela imprensa, eles precisam vir aqui e nos dizer alguma coisa, não sei para onde eu vou. É daqui que tiramos o nosso sustento, queremos segurança, não podem pegar uma laranja podre e jogar as outras no mato”, disse o comerciante. Ele mostrou ainda o aterro que construiu, segundo ele, com recursos próprios para vender todo o tipo de peça.
A senhora Josefa Marques trabalha na Feira há mais de 30 anos. Ela trabalha no Mercado de Farinha e diz que chegou a pedir, na época da campanha, ao então candidato Zé Queiroz (PDT), pela saída da Feira do Troca, mas mudou de ideia. “Tirar o Troca não resolve, temos que ter é segurança aqui. Se mudar, os noiados irão continuar agindo, essa semana mesmo assaltaram um velhinho aqui, outro dia negociaram pedras de Crack dentro do Mercado de Farinha, isso mostra que a questão não é mudar a feira”, pontuou. Ainda hoje a versão da Polícia Militar sobre o caso.