Coluna da sexta – Brasil precisa de um partido de direita

Mário Flávio - 01.11.2024 às 08:36h

O Brasil carece de um partido de direita autêntico, que ofereça aos eleitores uma alternativa ideológica clara e que se posicione de forma independente, sem oscilações ou subordinação a figuras específicas. Atualmente, os partidos de centro-direita, como PL, União Brasil, Republicanos e Novo, só para citar esses, sofrem com a falta de coerência interna e, frequentemente, acabam orbitando em torno de lideranças populistas, como o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Essa dependência de uma figura carismática, mais do que de uma base ideológica, enfraquece o debate e impede que a direita brasileira construa uma agenda sólida e diversificada. Além disso, esses partidos frequentemente abrigam políticos e lideranças com inclinações de esquerda, o que gera confusão entre os eleitores e dilui as pautas tradicionalmente associadas à direita, como a defesa da liberdade econômica, a valorização da família e o combate ao intervencionismo estatal.

Um partido genuinamente de direita contribuiria para a pluralidade no debate público e permitiria que pautas conservadoras fossem discutidas de forma autônoma e robusta, sem amarras ou influências que distorçam o foco ideológico. Essa organização partidária daria à população a segurança de que suas ideias e princípios estão sendo defendidos de maneira coerente, sem oscilação entre diferentes visões e personalidades. A direita no Brasil precisa sair do espectro nebuloso do “centro” e se posicionar com identidade própria, permitindo uma representação mais transparente e eficaz de seus eleitores.

Pautas como o liberalismo e costumes acabam ficando em segundo plano e debates radicais acabam sendo tratados como prioridade, com isso acaba afastando os eleitores de centro, que geralmente decidem a eleição. Só com a criação desse partido que realmente a direita pode, de fato, ter uma representatividade. A conferir.