Coluna da segunda – Crise de popularidade: reprovação do governo Lula cresce no Nordeste

Mário Flávio - 27.01.2025 às 08:17h

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta mais uma queda em sua popularidade. De acordo com a pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta segunda-feira (27), 47% dos eleitores aprovam a gestão de Lula, enquanto 49% a reprovam, marcando uma inversão no índice de popularidade. Desde a última pesquisa, realizada em dezembro, a aprovação caiu cinco pontos percentuais, enquanto a reprovação subiu dois pontos. A pesquisa ouviu 4.500 entrevistados entre os dias 23 e 26 de janeiro, com margem de erro de 1 ponto percentual.

As mudanças anunciadas e posteriormente revogadas no sistema do Pix foram um dos fatores que mais afetaram a imagem do governo. Para 11% dos eleitores, esse foi o episódio mais negativo da gestão petista até agora. Além disso, 66% acreditam que o governo errou mais do que acertou ao lidar com as polêmicas sobre o Pix.

A percepção negativa sobre a economia também aumentou. 39% dos entrevistados afirmaram que a situação econômica do país piorou, enquanto a avaliação positiva caiu de 27% em dezembro para 25% em janeiro. Um dos dados mais preocupantes para o governo veio do Nordeste, região historicamente favorável ao PT. A aprovação do governo caiu de 48% para 37% na região.

Esse número se iguala ao de outros institutos, que mostram a queda de avaliação no governo do petista na região. Outro ponto crítico é a comunicação do governo. Apenas 18% avaliam positivamente a forma como Lula e sua equipe se comunicam, enquanto 53% têm uma visão negativa.

Medidas polêmicas e desgaste

A pesquisa também abordou a proposta de mudanças na validade dos alimentos, rejeitada por 63% dos entrevistados, enquanto apenas 22% se mostraram favoráveis. Com uma avaliação econômica em queda e polêmicas desgastando a imagem do governo, o presidente Lula enfrenta desafios para reverter a percepção negativa. A pesquisa confirma que a comunicação e a gestão de crises serão determinantes para os rumos do governo nos próximos meses. A conferir.