Nesse domingo, 16 de março, o Diretório Nacional do Cidadania decidiu, por unanimidade, romper a federação partidária com o PSDB. Essa decisão confirma a deliberação da Executiva Nacional, que, no mês passado, já havia votado pelo fim da aliança com os tucanos. 
A federação entre Cidadania e PSDB foi formalizada em maio de 2022, com o objetivo de fortalecer ambas as siglas frente à cláusula de barreira. No entanto, ao longo do tempo, membros do Cidadania expressaram insatisfação, alegando que o partido perdeu espaço e ficou em segundo plano diante da preponderância do PSDB. O partido afirma que a aliança levou à perda de deputados estaduais e federais, além de vereadores e prefeitos. 
Durante o evento em Brasília, o presidente nacional do Cidadania, Comte Bittencourt, declarou: “A federação é passado; vamos em frente, retomando o protagonismo de nossa identidade, que deve apontar para onde o Cidadania pretende caminhar.”
Com o rompimento, o Cidadania busca redefinir seus rumos e fortalecer sua identidade política. O partido pretende se reunir com dirigentes estaduais ao longo do próximo mês para discutir possíveis cenários, incluindo a possibilidade de disputar as próximas eleições sozinho ou buscar uma nova federação dentro do campo democrático. Entre as siglas em negociação está o PSB.
O partido destaca como bandeiras essenciais a defesa da democracia, a urgência de medidas contra a crise climática e o combate a privilégios, como os supersalários. 
É importante notar que, embora a decisão de romper a federação tenha sido tomada, a legislação eleitoral exige que as federações partidárias permaneçam juntas por no mínimo quatro anos. Portanto, a ruptura oficial entre Cidadania e PSDB só será formalizada no próximo ano, quando o período mínimo for concluído. Caso a regra seja descumprida, há previsão de sanções, como impedimento de entrar em novas federações, formar coligações em eleições majoritárias e bloqueio de repasses do fundo partidário.
